Nascido em Paris, filho de pais descendentes de poloneses que emigraram para a França após a Primeira Guerra Mundial, ele era um de quatro irmãos. Foi criado em uma família de tradição hebraica, mas assim como muitos judeus, a família não era ortodoxa no que se diz respeito às práticas religiosas.

Gaston tinha orgulho de ser francês, ao ponto de posteriormente mudar o nome da família para Levant. Ele também foi muito bem-educado – formou-se em engenharia elétrica. Infelizmente, a Segunda Guerra Mundial expulsou muitos sobreviventes judeus da Europa e roubou os sonhos de um número incontável de pessoas. Como muitos judeus, se viu envolvido na indústria têxtil. Gaston iniciou sua jornada industrial no Brasil, indo depois para os EUA, e eventualmente para o Canadá. Ele contava muitas histórias sobre a sua infância quando colecionava paraquedas que haviam sido abandonados por soldados durante a guerra, para que seu pai pudesse fazer camisas para vender em troca de alimentos.

Tornou-se um alfaiate de grande sucesso e notoriedade na costura francesa, o que o levou a mudar de nome por um nome que fosse mais harmonioso com a sua imagem profissional.  Ele estava entre os poucos de sua geração que possuíam uma licença de rádio amador e seu escritório era repleto de equipamentos eletrônicos. Gênio da matemática e especialista em xadrez, Gaston Levant começou a ter aulas de piano e se dedicou a aprender hebraico.  Em 1969, ele obteve sua licença de piloto e voou com sua jovem família dos Estados Unidos para o Canadá a bordo de um Cessna de 4 lugares para visitar parentes que haviam sido dispersos para lá depois da guerra.

Além de perfeccionista em todos os seus empreendimentos, era também um verdadeiro defensor da gramática francesa. Além disso, como você poderá ver em seu manuscrito, sua caligrafia era impressionante e uma arte perdida nos dias modernos.

Gaston não acreditava muito em Deus até que seu filho George se converteu ao cristianismo e começou a falar sobre Jesus para ele. Assim, pouco tempo depois, em 1978, decidiu assumir um novo desafio; o estudo da afirmação de seu filho de que Jesus é o Messias. 

Ele era um homem de detalhes, e sendo um perfeccionista, cruzou todas as reivindicações com a Torah, os profetas, o Tanach (Antigo Testamento) e a história judaica.  Após estar convencido, ele trabalhou em seu manuscrito: “Um genuíno judeu fala aos israelitas”.  Em 27 de setembro de 1981 ele completou este grandioso projeto.

Deitado em seu leito de morte em janeiro de 2000, com um sorriso no rosto Gaston Levant declara: “Não tenho medo de morrer. Tenho a paz de Deus em meu coração, porque Jesus perdoou meus pecados”.